domingo, 30 de agosto de 2009

" THE CLEVERS "



The Clevers, posteriormente The New Clevers, ou Os Novos Clevers, ou simplesmente Os Clevers, era o nome de uma banda brasileira de música pop/rock nas décadas de 1960 e 1970, que teve diversas formações.
Inicialmente, o nome The Clevers era utilizado, no começo dos anos 60,
pelo grupo que em seguida passaria a se chamar Os Incríveis.
A posterior formação, intitulada The New Clevers, foi lançada no programa Ritmos para a Juventude, apresentado por Antonio Aguilar na antiga TV Paulista - Canal 5,
a partir da banda cujo nome original era Les Celibateurs.
Seus membros eram oriundos da zona sul de São Paulo,
formada inicialmente pelos irmãos Reno (guitarra ritmo) e Francis (guitarra solo),
Ringo (teclado e saxofone), Tony (contrabaixo) e Betinho (bateria).
O primeiro sucesso do conjunto The Clevers (esse era o verdadeiro nome), foi EL RELICÁRIO em um compacto simples. Em 1964, a cantora italiana Rita Pavone veio ao Brasil e se apresentou na TV Record Canal 7, acompanhada pela banda The Clevers (Os
Incríveis), cujo empresário era o apresentador Antonio Aguillar.
Nessa ocasião, Rita, a cantora italiana do sucesso “Datemi un martello”, resolveu convidar a banda para uma turnê pela Itália.
Corriam notícias de que Rita Pavone estava de namoro com o baterista Netinho, daí o notável interesse pela banda.
Na volta da turnê houve um desentendimento entre a banda e o empresário Antonio Aguilar, e, como este último era detentor da marca The Clevers, resolveu retirá-la da banda recém chegada da Europa que passou a denominar-se “Os Incríveis”.
Na verdade THE CLEVERS composto por MINGO(voz), NENO(baixo), NETINHO (bateria), RISONHO (guitarra) E MANITO (sax e outros instrumentos(tocava vários)), mudou para OS INCRÍVEIS no retorno de um TOURNÊ na Argentina e de lá trouxe o nome OS INCRÍVEIS pois assim as platéias gritavam nas apresentações do grupo.
Nessa época, Antonio Aguilar era apresentador do programa Ritmos para a Juventude, onde dentre as várias bandas que lá se apresentavam escolheu a que mais gostava, a banda Les Celibateurs, que passou a empresariar, trocando seu nome para The Clevers, Os Novos Clevers, The New Clevers ou simplesmente Os Clevers, como ficaram conhecidos.
A banda The New Clevers foi imediatamente hostilizada pelos fãs de Os Incríveis, que transferiram o problema da briga de Antonio Aguilar para os jovens cabeludos da antiga banda Les Celibateurs.
Aos poucos esse quadro foi se revertendo, pois os estilos das duas bandas não se confundiam. O talento dos jovens músicos que se apresentavam, com longos cabelos e cantavam versões de músicas, que se tornaram sucessos no Brasil como o “No Reply” dos
Beatles ("Tentei telefonar, disseram que você não estava... Não acreditei..."), "Not second time" ("Não quero mais te amar"), mostraram que a banda The New Clevers teria plenas condições de conquistar seu próprio espaço no cenário musical independente da questão da marca envolvida.
Em outubro de 1966 gravaram pela Copacabana o LP “Juventude em Guarda” contendo uma coletânea da banda. Nesse mesmo ano, lançaram o compacto simples “Por que você não vem”, também pela mesma gravadora.
Em 1967 lançaram o compacto “O Quadradão” pela Copacabana e em 1968 gravaram o sucesso “A lenda de Xanadu“ pela gravadora RGE.
Nesse mesmo ano de 1968, já no auge da Jovem Guarda, os Novos Clevers, também, curiosamente após uma turnê no exterior, tiveram um desentendimento entre seus integrantes. Nessa época, a banda se auto geria e era liderada pelo guitarrista Francis.
Não se sabe direito a razão da briga, mas o resultado foi que Ringo, Tony e Betinho acabaram por se separar dos irmãos Reno e Francis, formando outra banda chamada Vox Deorum que gravou como resposta o sucesso (Se o telefone tocar, por favor, não atenda....).
Nesse mesmo ano, Reno (Ricardo Monteiro) e Francis (José Francisco Monteiro) resolveram selecionar músicos que se destacavam em outras bandas para integrar 'Os Clevers e dar continuidade a banda.
Passaram a integrar a banda os músicos Toninho (Antonio Bichara) ex-integrante e líder da banda RT-4, guitarrista e tecladista, e os

irmãos Marco (Marco Antonio Bismarck) baterista e Marinho (Mario Eugênio Bismarck) contrabaixista, ex-integrantes da banda Os Monges.
Essa nova formação deu a banda uma cara nova, estilo que agregava força instrumental e vocal de 1ª linha, com arranjos que impressionavam os mais experientes nomes da crítica musical da época.
Apesar da insistência dos novos integrantes para a mudança do nome da banda para outro que não lembrasse nem de longe esse fatídico nome, que tantos problemas carregou, o teimoso Francis acreditava que a marca Clevers deveria continuar, pois tinha projeção internacional e o que contava naquele momento era o talento dos novos integrantes.
Acreditava que o reconhecimento do talento e qualidade da banda com essa nova formação suplantariam qualquer lembrança ou problema de eventual antipatia dos fãs relacionadas com o nome Clevers.
De fato, os Novos Clevers, agora novíssimos, tinham talento de sobra. Todos excelentes músicos, cantavam e suas interpretações e arranjos chamavam atenção do público nas apresentações.
Participaram na época de quase todos os programas de sucesso da TV brasileira. Fizeram apresentações ainda na TV ao vivo,

cantando sem instrumental, no estilo a capela, músicas como “I believe”.

Abrilhantaram o último programa de entrega do Troféu Roquete Pinto, com uma apresentação magnífica da música “Aquarius” (do

grupo norte-americano 5th Dimension) com a coreografia de Aládia Centenário e o corpo de bailarinas da TV Record.

Ainda em 1970, gravaram um LP pela Continental com Arnaud Rodrigues e Macumbinha ( violonista da época). E fizeram vários

shows e bailes em cidades pelo Brasil.

No início de 1971, Toninho saiu da banda, pois o curso em período integral para a formação em engenharia o impediu de continuar
com as atividades da banda. Foi convidado para substituí-lo o Ricardo, ex-tecladista dos Monges e integrante da banda do Ney Matogrosso.
Em 1971 The Clevers gravaram pela Epic dois compactos “Baby, come back” e “Vou seguindo”, produzidos por Walter D’Avila Filho.
Encerraram suas atividades em 1974, no Beco, casa noturna das mais badaladas de São Paulo de propriedade de Abelardo Figueiredo.

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