domingo, 7 de novembro de 2010

"CARLOS GONZAGA"


Carlos Gonzaga nasceu em Paraisópolis, sul de Minas Gerais. Morou nesta cidade até seus 17 anos. Depois mudou-se para Campos do Jordão. Ele é um cantor brasileiro que fez sucesso cantando versões em português de músicas internacionais, principalmente a canção Diana (sucesso original de Paul Anka), gravada em 1958, que vendeu milhares de cópias. Outro sucesso foi Bat Masterson,
versão da canção tema do famoso seriado de TV.
Fez shows por todo o país e é reconhecido internacionalmente, se apresentando nos principais palcos da América Latina. Seu trabalho rendeu a veiculação de sua imagem em jornais e revistas.
No cinema, atuou em “Virou bagunça”. Em 2005 participou do programa Cidade Nota 10, da Rede Bandeirantes, representando Santo André. Em 2006 recebeu o título de “Cidadão Andreense”.

sábado, 2 de outubro de 2010

"ARTURZINHO"


Arthurzinho (Barretos,SP,21 de Março de 1949).
Em dezembro de 1966, foi lançado pela gravadora Continental,
o primeiro compacto do cantor e compositor Arthurzinho.
Na época, ele tinha apenas 17 anos de idade,
quando gravou este primeiro single contendo as músicas
"Na Crista Da Onda" no lado A e "Mil Garotas" no lado B.
As duas canções alcançaram relativo sucesso junto às rádios,
firmando assim, o nome deste novo cantor entre o público jovem.

Em seguida a Continental lançou a coletânea "As 12 Brasas", uma seleção de canções de artistas jovens da casa, incluindo no disco outra canção gravada por Arthurzinho, "Estou Só", composição de Mário Faissal.
Em 1967, o jovem cantor emplacou grandes sucessos como
"Não Toque Este Long-Play", "Prova De Amor" e "Carroussel",
porém, somente no ano seguinte, 1968, é que Arthurzinho conseguiu
a consagração total, ao gravar o mega-hit-jovem guardista,
"Roda Gigante"a música mais tocada no ano,lançada em compacto,
cujo lado B, trazia a belíssima "O Que É Bom Dura Pouco".
Arthurzinho entrou para a lista dos cantores que mais se destacaram no movimento,marcando época e deixando história.
A partir daí, sua carreira ganhou notoriedade e Arthurzinho se tornou um dos principais ídolos da Jovem Guarda. Outros sucessos vieram, como "Tempos De criança", "Carroussel" etc.
No dia 24 de novembro de 2007 Arturzinho apresentou-se na
comemoração dos 50 anos da APCD Regional Jaú, na cidade paulista.

Discos

Coletânea LP Festa da Juventude
(Na Crista da Onda)

Coletânea LP As 12 Brasas(1967)
(Estou Só)

Arthurzinho com Portinho e sua orquestra(Compacto-1967)
(O Caderninho) (Carrousel)

Arthurzinho(Compacto-1968)
(Não toque este long play) (Prova de Amor)

Arthurzinho(Compacto-1968)
(Roda Gigante) (O que é bom dura pouco)

Arthurzinho(LP-1981)
(Ciranda) (Bons Tempos) (Graças a Deus) (Recordando uma canção)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"LUIZ AYRÃO"


Luiz Gonzaga Kedi Ayrão (Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 1942) é um cantor brasileiro que teve como sucessos, entre outros, as canções O Lencinho, Porta Aberta, Nossa Canção, Águia na cabeça e Os amantes, esta última gravada em 1979 e que vendeu aproximadamente dois milhões de cópias. Duas outras grandes paixões, além da música, são o futebol, Flamengo é seu time do coração, e a Escola de Samba Portela, onde é um de seus Diretores de Harmonia e integrante da Ala de Compositores.

Cantor, compositor e escritor, nasceu no bairro do Lins de Vasconcelos, no Rio de Janeiro. Filho do músico e compositor Darcy Ayrão (1915-1955), cresceu em ambiente musical. Na casa de um tio, Juca de Azevedo, saxofonista, costumavam freqüentar Pixinguinha e João da Baiana, que tocavam composições do maestro e professor Ayrão. Aos 20 anos, através de seu tio compositor, conheceu vários artistas de renome, entre eles, Ataulfo Alves, Humberto Teixeira, Osvaldo Santiago e Alcir Pires Vermelho. Posteriormente, formou-se em Direito e atuou durante alguns anos na profissão de Advogado e Procurador do BEG - Banco do Estado da Guanabara.

Em 1963 teve sua primeira composição gravada, Só por Amor, interpretada por Roberto Carlos, que logo depois, também viria a gravar, no ano de 1966, Nossa Canção, considerado o primeiro sucesso romântico do cantor. Por essa época, compôs várias músicas que foram gravadas por diversos artistas da Jovem Guarda.

Em 1968 participou do festival "O Brasil canta no Rio", da TV Excelsior, com a composição Liberdade! liberdade.... No ano de 1969, a convite de Rildo Hora e Romeu Nunes, esta música foi lançada em compacto simples pela RCA Victor. Pela mesma gravadora lançou mais três compactos simples com as músicas Vou e Duvido...duvido..., Igreja Vazia e Às Margens do Rio, Hoje está Fazendo um Mês e Foi a Noite, Sozinho na Multidão e Seis e Ddez e por fim um compacto com o samba Puxa que Luxo! , de sua autoria. Em 1970 Ciro Monteiro, gravou Por isso Eu Canto Assim. Neste mesmo ano Roberto Carlos interpretou Ciúme de Você.

No ano de 1973 gravou um compacto simples com a música Porta Aberta, composição de sua autoria em homenagem à Portela, considerado seu primeiro sucesso como cantor. Um mês e meio depois, já em 1974, devido ao grande sucesso do compacto, a gravadora Odeon lançou seu primeiro LP, Luiz Ayrão, do qual se destacaram as faixas No silêncio da Madrugada e Porta Aberta.

No ano seguinte, pela mesma gravadora, lançou o disco Missão, despontando com os sucessos nacionais Bola Dividida, de sua autoria, e ainda Saudade da República, de Artúlio Reis. Por essa época, mudou-se com a família para São Paulo e passou a cantar na Catedral do Samba, uma das principais casas da noite paulista, dividindo o palco com Pery Ribeiro e Leny Andrade.

Ainda em São Paulo, como empresário, fundou três casas de shows de sucesso: Canecão Anhembi, Sinhá Moça e Modelo da Liberdade, nas quais se apresentaram Roberto Carlos, Elis Regina, Simone, Chico Anísio, Amália Rodrigues, Martinho da Vila, Clara Nunes, Cauby Peixoto, Ângela Maria, Isaurinha Garcia, Jair Rodrigues, Silvio Caldas, Nelson Gonçalves, Inezita Barroso, Adoniran Barbosa, Os Demônios da Garoa, Os Cantores de Ébano, Lana Bittencourt, entre outros.

Em 1976 regravou Nossa Canção no LP Luiz Ayrão, no qual também foram incluídas de sua autoria, Conto até Dez, Reencontro, A Viúva, Bola pra Frente, Um Samba Merece Respeito, O Lobo da Madrugada. Deste LP, destacou-se também Quero que Volte, permanecendo por mais de um ano nas paradas de sucesso.

Em 1977 gravou novo LP, destacando-se o choro Meu Caro Amigo Chico, no qual fez uma resposta musical ao também choro Meu caro amigo, de Francis Hime e Chico Buarque. Outras composições de sua autoria, entre elas, O Divórcio (Treze anos) e Os Amantes, também alcançaram sucesso. Uma polêmica envolveu o lançamento do disco por causa da faixa Mulher à Brasileira, samba-enredo com o qual havia chegado às finais na escolha de samba na GRES Portela para o desfile do ano seguinte, sendo o samba aclamado como o preferido pela comunidade na quadra da escola e bastante divulgado nas emissoras de rádio, inclusive, foi cantado pela multidão presente nas arquibancadas superlotadas na hora do desfile de 1978.

Neste mesmo ano de 1978 gravou o LP O Povo Canta, no qual interpretou de sua autoria Jogo Perigoso, além de Amor Dividido e Violão Afinado, ambas em parceria com Sidney da Conceição, além da faixa-título, também parceria de ambos. No disco incluiu ainda Meu Anjo, composição que seu pai fizera em homenagem à sua mãe Sylvia.

No LP Amigos, de 1979, interpretou um de seus maiores sucesso, a composição A Saudade que Ficou - O Lencinho, de Joãozinho da Rocinha (um de seus pseudônimos) e Elzo Augusto. Na faixa contou com a participação especial do coral dos Canarinhos de Petrópolis. Destacou-se também neste disco a faixa Escola de Samba, de sua autoria.

No ano seguinte, 1980, incluiu no novo disco as composições De Amigo pra Amigo,com Picolino da Portela, Coração Solitário, com Lourenço, Moradia,com Belizário César, Súbita Paixão, com Higino Tadeu, Eu Vou te Procurar, com Augusto César e Casado, em parceria com Sidney da Conceição e Augusto César. O sucesso deste LP foi o samba Bonequinha de João de Deus (pseudônimo de Ayrão e Doquinha). Neste mesmo ano lançou para o mercado latino o LP Los Amantes alcançando sucesso em vários países da América Latina.

No ano de 1981, no disco Coração Criança, contou com a participação especial das Meninas Cantoras de Petrópolis na faixa-título, parceria com Sidney da Conceição. Destacou-se desse LP a marcha para a seleção brasileira de futebol Meu Canarinho, premiada com Disco de Platina.

No LP de 1983 - Quem não tem Esperança não tem Horizonte...foi gravada a música Águia na Cabeça composta em parceria com Sidney da Conceição, em homenagem a sua escola de samba Portela, que lhe rendeu muito sucesso.

Nos anos de 1984 e 1985 lançou, pela gravadora Copacabana, os discos Alegria Geral e Samba na Crista, respectivamente. Em 1987, desta vez pela gravadora Continental, gravou o LP Luiz Ayrão de todos os cantos, destacando-se a faixa-título em parceria com Freire da Nenê, e ainda de sua autoria Amanheci.

No Ano de 1986 gravou o Álbum Raízes do Samba, onde brindou novamente a Escola de Samba Portela com o samba O que que há Portela de sua autoria com o nome de Tiãozinho Poeta, (outro de seus pseudônimos) e alcançou sucesso não só na quadra da escola como também nas emissoras.

No ano de 1990 Zizi Possi regravou Ciúme de Você. Neste mesmo ano lançou mais um disco pela gravadora Flama. Deste LP destacou-se como a faixa Separados, de sua autoria. Em 1994 a banda Raça Negra regravou Ciúme de Você. Dois anos depois a gravadora EMI/Odeon lançou uma coletânea de seus sucessos pela coleção Meus Momentos.

No ano de 1999 a mesma gravadora lançou, pela coleção Raízes do Samba, outra coletânea com alguns de seus sucessos, entre eles Porta Aberta e No Silêncio da Madrugada, ambas de sua autoria e ainda Quero que Volte (Palinha e Pinto) e Saudades da República, de autoria de Artúlio Reis. Neste mesmo ano a banda Raça Negra gravou pela segunda vez a música Ciúme de Você.

Em 2003 lançou o CD Intérprete, no qual incluiu alguns clássicos da MPB, entre eles As Rosas não Falam (Cartola), Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro), Último Desejo (Noel Rosa), Risque (Ary Barroso), Caminhemos (Herivelto Martins), Lábios que Beijei (J. Cascata e Leonel Azevedo) e Ouça, de Maysa.

Neste mesmo ano a cantora Vanessa da Mata regravou Nossa Canção, incluída na trilha sonora da novela Celebridade (de Gilberto Braga), da Rede Globo. A mesma composição foi também incluída na segunda tiragem do disco de Vanessa da Mata, relançado neste ano pela gravadora Sony Music. Ainda neste ano Maria Bethânia, no CD Maricotinha ao vivo, regravou com sucesso Nossa Canção.

Em 2004 a gravadora Sony Music lançou a coletânea 20 Supersucessos - Luiz Ayrão. Ainda no mesmo ano gravou o primeiro disco ao vivo no Teatro Miguel Falabella, no Rio de Janeiro, no qual incluiu alguns de seus sucessos: Nossa Canção, Bola dividida e Porta Aberta, todas de sua autoria, e Os Amantes (Sidney da Conceição, Augusto César e Lourenço), A Saudade que Ficou - O lencinho, além de sete músicas inéditas.

Em 2005 recebeu uma homenagem no Programa Domingão do Faustão, da Rede Globo, e comemorou o show de número 5 mil de carreira, na qual ganhou discos de Platina e Ouro, por suas expressivas vendagens. Lançou o CD Luiz Ayrão - Inéditas e Sucessos ao Vivo, pela gravadora Atração.

Em 2007 recebeu homenagem também no Programa Raul Gil, da TV Band, no quadro Homenagem ao Compositor. Luiz também integrou o corpo de jurados do quadro Jovens Talentos, do mesmo programa.

Em 2008 Luiz lançou através de seu próprio selo, o CD A Vida é uma Festa. A música que abre o Cd, de mesmo nome, é o destaque deste álbum, que contém mais seis músicas inéditas, e regravações de outros artistas, como O Show tem que Continuar (Arlindo Cruz, Sombrinha, Luiz Carlos da Vila), Velocidade da Luz (Tundy). Outro destaque deste mais novo trabalho é a adaptação feita em homenagem a Carmem Miranda, a faixa Tic Tic Bum.


Participou de muitos programas de televisão do país, tendo gravado trinta discos, e ganhou muitos prêmios. Suas músicas o levaram a fazer shows em países da América Latina, Estados Unidos da América, Itália, França e Japão. Luiz Ayrão continua se apresentando por todo o Brasil e exterior.


Discografia

1974 - Luiz Ayrão
1975 - Missão
1976 - Luiz Ayrão
1977 - Luiz Ayrão
1978 - Los Amantes
1979 - Amigos
1980 - Luiz Ayrão
1981 - Coração de Criança
1982 - Novidades
1983 - Quem Não Tem Esperança Não Tem Horizonte
1984 - Alegria Geral
1985 - Samba Na Crista
1986 - Raízes do Samba
1987 - De Todos os Cantos
1988 - O Povo Canta
1990 - Luiz Ayrão
1993 - Samba Brazil
1996 - A Personalidade do Samba
1999 - Raízes do Samba
2003 - Intérprete
2005 - Inéditas e Sucessos Ao Vivo
2008 - A Vida é uma Festa

sábado, 31 de julho de 2010

"WILSON SIMONAL"


Wilson Simonal de Castro (Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 1939 —
25 de junho de 2000) foi um cantor brasileiro de muito sucesso nas décadas de
1960 e 1970.
Simonal teve uma filha, Patricia, e dois filhos, também músicos:
Wilson Simoninha e Max de Castro.
Filho de uma empregada doméstica, Simonal era cabo do Exército quando começou a cantar, nos bailes do 8º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (8º GACOSM),
então sediado no Leblon. Seu repertório se constituía basicamente de calipsos
e canções em inglês.
Em 1961, foi crooner do conjunto de calipso Dry Boys, integrando também o conjunto Os Guaranis. Apresentou-se no programa Os brotos comandam, apresentado por Carlos Imperial, um dos grandes responsáveis por seu início de carreira. Cantou nas casas noturnas Drink e Top Club. Foi levado por Luiz Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli para o Beco das Garrafas, que era o reduto da bossa nova. De acordo com o jornalista Ruy Castro, "quando surgiu o cantor no Beco das Garrafas, Simonal era o máximo para seu tempo: grande voz, um senso de divisão igual aos dos melhores cantores americanos e uma capacidade de fazer gato e sapato do ritmo, sem se afastar da melodia ou apelar para os scats fáceis".
Em 1964, viajou pela América do Sul e América Central, junto com o conjunto Bossa Três, do pianista Luís Carlos Vinhas.
De 1966 a 1967, apresentou o programa de TV Show em Si ...monal, pela TV Record - canal 7 de São Paulo. Seu diretor era Carlos Imperial. Revelou-se um showman, fazendo grande sucesso com as músicas País tropical (Jorge Ben), Mamãe passou açúcar em mim, Meu limão, meu limoeiro e Sá Marina Carlos Imperial, num swing criado por César Camargo Mariano, que fazia parte do Som Três, junto com Sabá e Toninho, e que foi chamado de pilantragem (uma mistura de samba e soul), movimento também idealizado e capitaneado por Carlos Imperial.
Em 1970, acompanhou a seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo, realizada no México, onde tornou-se amigo dos jogadores de futebol Carlos Alberto e Jairzinho e do maestro Erlon Chaves.
Nessa época, Simonal era um dos artistas mais populares e bem pagos do Brasil, bastante assediado pela imprensa e pelos fãs. Vivia o auge de sua carreira. Foi o primeiro negro a apresentar sozinho um programa de televisão no país - o Show em Si...Monal, dirigido por Carlos Imperial - no qual era acompanhado por César Camargo Mariano, Sabá e Toninho, que formavam o Som 3.

Sequestro do contador

No início da década de 1970, Simonal teria sido vítima de um desfalque e demitiu seu contador, Raphael Viviani, o suposto culpado. Este moveu uma ação trabalhista contra o cantor. Em agosto de 1971, Simonal recrutou dois amigos (um deles seu segurança) militares para arrancar uma "confissão" do contador, que foi torturado nas dependências do Dops.Este, afinal, acabou assinando a confissão de culpa no desfalque.
Simonal conhecia os agentes do Dops há dois anos, quando havia deposto, como suspeito, a respeito da presença de uma bandeira soviética no cenário de um de seus shows. O que ele não contava era que Viviani daria queixa do espancamento e, quando os jornais noticiaram o fato, os envolvidos foram obrigados a se explicar.

Relações com a polícia, política e órgãos de informação

Processado sob acusação de extorsão mediante sequestro do contador, Simonal levou como testemunha aquele mesmo policial do Departamento de Ordem Política e Social do então Estado da Guanabara, Mário Borges, que o apontou em julgamento como informante do Dops. Outra testemunha de defesa, um oficial do I Exército (atual Comando Militar do Leste), afirmou que o réu colaborava com a unidade.
Simonal foi julgado culpado pelo sequestro e, em 1972, quando estava prestes a lançar o seu "disco de retomada", condenado a uma pena de cinco anos e quatro meses, que cumpriu em liberdade. Nos autos, Simonal era referido como colaborador das Forças Armadas e informante do DOPS. Em 1976, em acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, também é referida a sua condição de colaborador do DOPS.

"Em sua argumentação final, o ilustre meritíssimo alega que não tem como julgar os agentes do DOPS, já que estávamos vivendo um estado de exceção e, por isso, ele não tinha competência para julgar atos que poderiam ser de segurança nacional, mas Wilson Simonal, que era civil, não tinha esse tipo de “cobertura”, portanto pena de 5 anos e 4 meses para ele(...) Se em 1971 fosse provado que ele era um colaborador, ele não seria julgado por isso, seria condecorado," escreve o comediante Claudio Manoel, produtor e diretor do documentário "Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei".
O compositor Paulo Vanzolini, no entanto, afirma, em entrevista ao Caderno 2 do Estadão, que Simonal era, de fato, "dedo duro" do regime militar e complementa: "Essa recuperação que estão fazendo do Simonal é falsa. Ele era dedo-duro mesmo. Ele se gabava de ser dedo-duro da ditadura' (...) na frente de muitos amigos ele dizia 'eu entreguei muita gente boa' ", conclui.No entanto, jamais houve registro de alguém que declarasse ter sido delatado por Simonal. Nem mesmo a Rede Globo, a qual Simonal jurava que havia um documento proibindo sua entrada nos programas da emissora, registra que haja documentos vetando o cantor.

Raphael Viviani, em depoimento para o filme, relata que Simonal estaria no Dops e teria assistido à sua tortura e não teria tido dó.
O humorista Chico Anysio e o jornalista Nelson Motta, dentre outras personalidades, afirmam que até a presente data não apareceu uma vítima sequer das ditas delações de Simonal. O jornal O Pasquim, frente de luta contra a ditadura militar, através de pessoas como Ziraldo e Jaguar, ocupou-se de propagar as acusações que destruíram a carreira de Simonal.

Ostracismo e morte

Simonal caiu em absoluto esquecimento a partir da década de 1980. Segundo sua segunda mulher, Sandra Cerqueira, "Ele dizia para mim: 'Eu não existo na história da música brasileira' ".
Tornou-se deprimido e alcoólatra, vindo a morrer de complicações decorrentes do alcoolismo.

Reabilitação

Em 2002, a pedido da família, a Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) abriu um processo para apurar a veracidade das suspeitas de colaboração do cantor com os órgãos de informação do regime militar. A comissão analisou documentos da época, manteve contato com pessoas do meio artístico, como o comediante Chico Anysio e os cantores Ronnie Von e Jair Rodrigues, e analisou reportagens publicadas nos jornais. Em notícia veiculada em 1992 pelo Jornal da Tarde, por exemplo, Gilberto Gil e Caetano Veloso declararam não ter tido problemas de convivência com Simonal.
Além de depoimentos de artistas e de material enviado por familiares e amigos, constou do processo um documento de janeiro de 1999, assinado pelo então secretário nacional de Direitos Humanos, José Gregori, no qual atestava que, após pesquisa realizada nos arquivos de órgãos federais, como o SNI e o Centro de Informações do Exército (CIEx), não foram encontrados registros de que Simonal tivesse sido colaborador, servidor ou prestador de serviços daquelas organizações.

Em 2003, concluído o processo, Wilson Simonal foi moralmente reabilitado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em julgamento simbólico.
Em 2009, foi lançada a biografia Nem Vem que Não Tem - A Vida e o Veneno de Wilson Simonal. Nela seu autor, o jornalista Ricardo Alexandre, apresenta fatos que tentam levar o leitor a acreditar na inocência alegada por Simonal. A narrativa desenvolvida no livro sustenta que, para se inocentarem, os agentes do Dops que torturaram o contador teriam improvisado uma farsa: Viviani seria um possível terrorista denunciado por Simonal. Para dar um ar de credibilidade à história, o cantor assinou documento em que se assumia acostumado a "cooperar com informações que levaram esta seção [o Dops] a desbaratar por diversas vezes movimentos subversivos no meio artístico".

Documentário

Em 2009, foi lançado o documentário Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei, dirigido por Claudio Manoel (da troupe Casseta & Planeta), Micael Langer e Calvito Leal. Segundo Manuel, Simonal "pagou uma pena dura demais, desproporcional para uma surra, porque sua condenação foi até o fim da vida. Para ele, não teve anistia".

Discografia

1961 - Teresinha (Carlos Imperial)
1963 - Tem algo mais
1964 - A nova dimensão do samba
1965 - Wilson Simonal
1966 - Vou deixar cair...
1967 - Wilson Simonal ao vivo
1967 - Alegria, alegria !!!
1968 - Alegria, alegria - volume 2
1968 - Quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga
1969 - Alegria, alegria - volume 3
1969 - Cada um tem o disco que merece
1969 - Homenagem à graça, à beleza, ao charme e ao veneno da mulher brasileira
1970 - Jóia
1972 - Se dependesse de mim
1975 - Ninguém proíbe o amor
1977 - A vida é só cantar
1979 - Se todo mundo cantasse seria bem mais fácil viver
1981 - Wilson Simonal
1985 - Alegria tropical
1991 - Os sambas da minha terra
1995 - Brasil
1997 - Meus momentos: Wilson Simonal
1998 - Bem Brasil - Estilo Simonal
2002 - De A a Z : Wilson Simonal
2003 - Alegria, alegria
2003 - Se todo mundo cantasse seria bem mais fácil viver (relançamento)
2004 - Rewind - Simonal Remix
2004 - Wilson Simonal na Odeon (1961-1971)
2004 - Série Retratos: Wilson Simonal
2009 - Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei
2009 - Wilson Simonal - Um Sorriso Pra Você

domingo, 4 de julho de 2010

" JOSÉ RICARDO "


José Ricardo - nome artístico de José Alves Tobias
(Rio de Janeiro, 6 de março de 1939 - 11 de maio de 1999),
foi um cantor brasileiro, integrante da chamada Jovem Guarda,
destacou-se ainda pela ajuda aos velhos artistas.
Cantor. Compositor. Nascido no bairro da Tijuca, mudou-se aos dez anos de idade para o IAPI - Penha, onde o pai, Sr. Philemon, recebera por sorteio um apartamento financiado. Iniciou sua carreira artística ainda criança, apresentando-se no programa "Ritmos da Polícia Militar", na Rádio Guanabara.
Sua avó materna, italiana, estimulava sua vocação.
Posteriormente, apresentou-se em programa de calouros comandado por Isaac Zaltman, na Rádio Mauá. Começou a cantar na Rádio Guanabara,
logo se apresentando em outras emissoras.

Sua primeira gravação aconteceu num teste na RCA Victor, onde cantou um sucesso de Altemar Dutra - "Tudo de Mim" - em setembro de 1963.Neste ano, recebeu da Revista do Rádio o prêmio de "Revelação do ano". Contratado pela RCA Victor, gravou em 1964, um compacto simples com a canção "Eu que amo somente a ti", versão de Aldacir Louro para a canção italiana "Io che amo solo te", de Sérgio Endrigo. A gravação foi hit em programas de Rádio como "Grande parada Pastilhas Valda", apresentado por César de Alencar na Rádio Nacional. Em 16 de fevereiro de 1965, foi lançado o LP "Eu que Amo Somente a Ti". Participou do LP "Rio de Janeiro 400 anos", interpretando "Terra carioca" e "Rio de Janeiro". Com o sucesso, participou de diversos programas no rádio e TV, apresentando-se por todo o país.
Na década de 1960, o programa "Encontro com os brotos", apresentado por José Messias na Rádio Guanabara, permitiu-lhe ser um dos precursores da Jovem Guarda que, na mesma época a partir do programa da TV, começava a estourar em São Paulo.
Seu nome eternizou-se na música ´Festa de Arromba´ e a carreira seguiu.
Realizou centenas de gravações em mais de 60 compactos simples/duplos, LPs, CDs, coletâneas e regravações.
De voz possante, não limitou-se ao repertório romântico da Jovem Guarda,
realizando diversas gravações para meio de ano e Carnaval. Realizou várias temporadas no exterior. Gravou disco em espanhol e foi homenageado pelo presidente de Portugal. A partir de 1991, lutou pela criação dos bailes populares da Cinelândia, buscando a revitalização do Carnaval Carioca. O projeto abriu novo campo de trabalho para inúmeros artistas e é realizado até hoje. No Reveillon de 1998/1999, fez, na Praia de Copacabana, seu último grande show.
Além da atuação artística, sempre lutou para ajudar artistas em dificuldade.
Foram vários colegas que auxiliou com sua personalidade solidária.
A partir dos anos 1980, assumiu, como membros de sua família,
as Irmãs Batista (Linda, Odete e Dircinha).
Faleceu pouco depois de completar 60 anos de idade, vitimado por um câncer.
Foi velado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e, quando o carro do Corpo de Bombeiros deixava a Cinelândia, foi acompanhado por uma pequena
multidão que o aplaudia.
Por sua história e lição de vida, em 2000, foi homenageado com seu nome
sendo dado à FUNJOR - Fundação Sócio-Cultural José Ricardo (www.funjor.org.br).

sexta-feira, 25 de junho de 2010

" LENO "


No Brasil é muito dificil falar de Leno sem da uma
referência a dupla Leno e Lilian.
Pois ele ficou mais conhecido na época em que cantava em dupla com Lilian.
e sua carreira solo é um pouco complexa.
Gileno Osório Wanderley de Azevedo formou ao lado de
Silvia Lilian Barrie Knapp a dupla romântica da Jovem Guarda,
Leno e Lilian. Em 1966, aos 16 anos, fez sucesso ao lado dela
com “Pobre Menina”. Dois anos depois seguiu carreira solo.

Já tendo lançado “Leno” e “A Festa de Seus 15 Anos”,
ambos seguindo a linha romântica, Leno foi aos Estados Unidos,
voltou influenciado pelo flower power e decidiu mudar sua postura,
que passou a ser mais contestatória e política. Em 1971,
ao lado do Raul Seixas, então Raulzito, produtor da CBS, criou
“Vida e Obra de Johnny McCartney”, primeiro disco gravado em
oito canais no Brasil, o máximo de tecnologia na época.
Com temas como reforma agrária, censura, tortura, drogas e repressão,
“Vida e Obra” foi censurado e dormiu durante 25 anos na gaveta.
Leno passou uma temporada morando nos Estados Unidos
e na volta produziu os grupos Flor de Cactus e Os Lobos.
Nesses anos lançou discos com repertório ligado ao rock
e compôs para Erasmo Carlos, Amelinha, Renato e seus Blue Caps
e Raul Seixas.
Sua música “Rosa de Maio” foi incluída na trilha de “Livre para Voar”
(TV Globo).
Em 1995, sua gravadora Natal Records lançou “Vida e Obra de Johnny McCartney”
e vem relançando discos da época em que fazia dupla com Lilian.

" BOBBY DI CARLO "


Começou a carreira no início da década de 1960, cantando rock.
Em 1960 gravou pela Odeon “Oh! Eliana”, de Marcucci, De Angelis e Sérgio Freitas e “Quero amar”, versão de Fred Jorge para música de Deane e Weisman.
No ano seguinte gravou “Broto feliz”, de Marcucci, De Angelis e Sérgio Freitas e “Amor de brotinho”, de Ballard e Hunter, com versão de Sérgio Freitas.
Foi no período da Jovem Guarda que obteve seu maior êxito, “Tijolinho”, em 1966,
que o levou até mesmo a ganhar o Troféu Chico Viola daquele ano.
Em 1985, Paulo Barnabé e a Patife Band regravaram a música.
Com o declínio da Jovem Guarda, encerrou sua carreira no início da década de 1970.


Discografia

• Oh! Eliana/Quero te amar (1960) Odeon 78
• Broto feliz/Amor de brotinho (1961) Odeon 78
• Gatinha Lili/Hey Lili (1961) Odeon 78
• Tijolinho/Minha tristeza (1966) Mocambo Compacto simples
• Cuidado para não derreter/O ermitão (1967) Mocambo Compacto simples
• Bobby Di Carlo (1968) Rozemblit LP
• Anjo/Coisa banal (1971) Odeon Compacto simples
• Lembre-me a todo instante/Minha velha canção de amor (1972) Odeon Compacto simples

" TONY CAMPELLO "


Sérgio Beneli Campelo (São Paulo, 24 de fevereiro de 1936),
mais conhecido como Tony Campelo, é um cantor e produtor musical brasileiro.
Ao lado da irmã Celly Campello, Tony fez sucesso no final da década de
50 e na década de 60.
Intérprete de vários sucessos como "Lobo Mau"" e ""Boogie do Bebê",
Tony e Celly lançaram seu primeiro compacto em 1958,
que tinha as faixas "Perdoa-me" e "Belo Rapaz".

" OS INCRÍVEIS "


Os Incríveis foi uma banda brasileira de rock e pop dos 60 e 70,
formada em São Paulo por Domingos Orlando "Mingo", Waldemar Mozema
"Risonho", Antônio Rosas Seixas "Manito", Luiz Franco Thomaz
"Netinho" e Demerval Teixeira Rodrigues "Neno", que foi substituído em 1965 por Lívio Benvenuti Júnior "Nenê".

Inicialmente, a banda chamava-se The Clevers e, em seus shows,
tocavam pricipalmente twist, estilo em moda no início da década de 1960.
O sucesso veio durante o período da Jovem Guarda, com a mudança de nome e canções populares como "Era um Garoto Que, Como Eu, Amava os Beatles e os Rolling Stones", "O Milionário" e "Eu Te Amo, Meu Brasil".
Ao longo dos anos de 1970, ex-integrantes dos Incríveis formariam outras importantes bandas do rock brasileiro, Netinho montou a banda Casa das Máquinas e
Manito juntamente com Pedro Baldanza e Pedro Pereira da Silva formaram o
famoso grupo progressivo Som Nosso de Cada Dia.
Recentemente, o grupo voltou a se reunir em algumas ocasiões.
A banda Engenheiros do Hawaii, regravou uma de suas musicas de sucesso.

Integrantes

Domingos Orlando, "Mingo" - (voz e guitarra)
Waldemar Mozema, "Risonho" - (guitarra)
Antônio Rosas Seixas, "Manito" - (teclados, vocal e sax)
Luiz Franco Thomaz, "Netinho" - (bateria)
Demerval Teixeira Rodrigues, "Neno" - (baixo)
Lívio Benvenuti Júnior, "Nenê" - (baixo)