quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

" THE JET BLACK'S"


Grupo paulistano, um dos pioneiros do rock instrumental no Brasil, na linha dos ingleses The Shadows, tirou seu nome de Jet black, sucesso desse grupo, e dos norte-americanos The Ventures, embora também tivesse êxito com gravações vocais. Foi um dos mais importantes e famosos conjuntos de música instrumental no Brasil dos anos 60. Formado em 1961 com o nome The Vampires, seus integrantes eram Gato (guitarra-solo e órgão), Jurandi (bateria), Orestes (guitarra-base), Ernestico (saxofone), e
José Paulo (contrabaixo).
Contratados pela Chantecler, gravaram em 1962 o primeiro disco, um 78 rpm com duas regravações dos Shadows, Apache e KonTikí. O disco fez sucesso e seguiram-se os LPs Hully gully (1962) e Twist - The Jet Black's Again (1963).
Fizeram o acompanhamento instrumental em Rua Augusta de Ronnie Cord (1964),
nos LPs de Deny e Dino e de Roberto Carlos (ambos 1966) e em diversas gravações de Sérgio Reis, Celly Campello e outros. Em 1965 fizeram suas primeiras gravações vocais, no LP The Jet Black's (1965), incluindo Susie-4, regravação do norte-americano Dale Hawkins, lançada também em compacto, junto com Theme for Young Lovers, outro original dos Shadows e que se tornaria o maior sucesso do grupo
(curiosamente, a gravação dos Shadows é em ritmo de baião, e a
do grupo brasileiro em rock-balada).
Começaram tocando em festinhas e alguns programas de rádio.
Em 1962 um conhecido guitarrista, Gato, entrou na banda como guitarrista solo.
Com formação de 3 anos em violão clássico, sua musicalidade mudou o som e a história dos Vampires para sempre. Gato fez algumas mudanças na banda, convidou novos músicos (profissionais) e com um repertório bem montado gravaram seu primeiro álbum totalmente instrumental, intitulado Twist em 1963. Esse disco é considerado o melhor disco de rock instrumental brasileiro e é disputado a tapas pelos colecionadores, sendo vendido por até US$100,00 quando em boas condições de conservação.
The Jet Black's tocavam em vários programas de rádio e televisão, inclusive o mais famoso da época, Jovem Guarda de 1965 a 1967. Esse programa era transmitido ao vivo para a maioria dos estados brasileiros com enorme audiência e o grupo acompanhava a maioria dos cantores que se apresentavam. Com a utilização de orquestras em algumas de suas gravações, foram precursores ao mostrar que o lirismo de violinos e outros instrumentos tradicionais poderiam se encaixar perfeitamente ao
som das guitarras elétricas.