segunda-feira, 11 de abril de 2011

"THE JORDANS"


Formado na cidade de São Paulo, em 1956. Seu nome foi inspirado no grupo vocal que acompanhava Elvis Presley nas gravações: The Jordanaires.

Assim como os Jet Blacks e Os Incríveis, seguiam a linha do rock instrumental dançante. Contudo, diferenciava-se desses conjuntos por utilizar instrumentos pouco convencionais ao gênero, como o bandolim e o vibrafone. Em 1959, apresentou-se no programa Celly e Tony em hi-fi, comandado pelos irmãos Campelo, na TV Record de São Paulo. Em 1961 foram ouvidos por Nazareno de Brito que os levou para o selo SOM da Copacabana, na qual lançou dois discos.

Em 1962 o grupo foi escolhido pelo programa “Ritmos para a juventude” em São Paulo como o conjunto revelação do ano. No mesmo ano gravou o primeiro compacto duplo pela gravadora Som interpretando as músicas “Bulldog”, “O vôo da abelha”, “Boudha” e “Suzane”. Em 1963 gravou seu primeiro LP “A vida sorri assim”, pela SOM. Na mesma época deixou o conjundo o cantor e guitarrista Mingo. Nessa ocasião realizava concorridos shows na boate Salloon, na Rua Augusta em São Paulo, com destaque para as apresentações do guitarrista Aladim. No ano seguinte lançou com bastante sucesso pela Copacabana, “Blue star”, de Victor Young e E. Heyman e “Charanga”, de Aladim. Ainda na mesma época lançou o LP “Surfin’ with the Jordans”. Ainda em 1964 gravou “Shane”, de Mack David e Victor Young e “Come on train”, de R. Shorter. Gravou ainda um compacto duplo com “Os grandes tenas da TV”.

Por suas várias formações passaram Manito e Mingo, que posteriormente formariam Os Incríveis. Em 1965 lançou pela Copacabana o LP “Os alucinantes The Jordans”. No mesmo ano, participou juntamente com os conjuntos The Angels, The Clevers e Os Diferentes, do LP “Exaltação à juventude”, coletânea lançada pela Copacabana. No ano seguinte recebeu o prêmio Roquete Pinto como o “Melhor conjunto da juventude”. Na mesma época participou com sucesso do programa “Excelsior a Go-Go” na TV Excelsior e fez sucesso com a gravação de “Tema de Lara”, do filme Doutor Jivago. Em 1967 o grupo passou a contar com a presença do saxofonista Valtinho. Por essa época apresentava-se constantemente no restaurante “Bico dourado” em São Paulo, ponto de encontro de diversos artistas do movimento Jovem Guarda. No mesmo ano lançou o LP “Edição extra”, trazendo entre outras, “Bus stop”, “Namoradinha de um amigo meu” e “Vem quente que estou fervendo”. Nessa época o conjunto contava com sete integrantes: Valtinho no trombone, Irupê no sax e piston, Neno no piston, Foguinho na bateria, Aladin na guitarra solo, Tony no contrabaixo e Sinval na guitarra base. Nesse período viajou para apresentações na França e na Inglaterra. Em 1968, Aladim, guitarrista deixou o grupo, que se dissolveria no ano seguinte.

Em 1992, a gravadora Movieplay lançou uma coletânea com seus maiores sucessos. Intitulada “Hits Collections”, incluía os sucessos “Blue star”, de Victor Young, e “Tema de Lara”, de Maurice Jarre. Três anos depois, Alladin, Sinval, Tony e Foguinho se reuniram e lançariam no ano seguinte, pelo selo Sky Blue, o CD “Bons tempos: The Jordans - 35 anos de rock instrumental”. De acordo com revistas especializadas em música na França e na Inglaterra, é um dos poucos conjuntos remanescentes do rock instrumental da década de 1960 na América Latina. Em 1999 foi lançado pela Zan Discos o CD ‘Grandes sucessos The Jordans”, com, entre outros, “Quero que vá tudo pro inferno”, “Escândalo em família”, “Festa de arromba” e “All my loving”.